terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Um gole, uma verdade, um sorriso

Só mais um gole da verdade que você jogou em minha cara, só mais um gole da sua burrice e assim poderei levantar dali e jogar pra fora tudo o que um dia eu quis dizer, dizer que meu amor por ti sempre foi puro, meu amor nunca foi essa bebida de bar de esquina, meu amor por ti é e foi como água cristalina, um dois mais puro, e você simplismente sorri, mais que pecado, mais que sorriso, e eu mais um vez falo sem parar, sem nem ao menos respirar direito, falo, e falo, porque quando eu quero eu falo, e você como sempre sorri, e me tira da minha concentração, e então me passa uma garrafa de vinho, bebi em só um gole, e era lá que estava todo o meu pecado, que pecado doce, que pecado bom, e você sorri, virou pra mim e me deu um pequeno papel, as marcas da sua mão estavam ali, e nele estava escrito, “eu sei”, aquilo fez meu sangue pulsar, meu ar ficar mais feroz, e minha voz aumentar, será que é possível tudo isso, eu grito, eu falo, eu berro e você simplesmente sorri, e me da a mão e diz que sabe, será que não teria como você olhar pra mim com aquele olhar sério, que eu tanto gosto e me mandar calar a boca, não, não há, teria como você me pegar pelo braço e me fazer tremer em suas mãos grossas e forte, não, não há, você age suavemente, me da a mão e mais uma vez consegue me acalmar com apenas um olhar, e naquele momento, em questão de um minuto tudo passa, tudo é apagado, e então podemos seguir novamente, sem paradas, sem destino como sempre!